quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Caracterização do Tema



Marginalização social é o processo de exclusão social de um qualquer indivíduo provocada por um comportamento, pela sua etnia, pela sua escolha sexual, pelo seu fenótipo, pelo seu modo de pensar, pelo seu estatuto social, etc. … Está interligado com o preconceito social. A marginalização social é muitas vezes levada a cabo pelo factor medo. As pessoas têm medo do que desconhecem, do que é diferente, apontando desse modo o dedo a todos aqueles que não sigam o “standard” criado pela sociedade, tudo o que é diferente é posto à margem, marginalizado, pois esse indivíduo pode modificar a sociedade tal como a conhecemos e teremos, desse modo, de nos adaptar a uma realidade que não nos pertence e nos assusta.
O nosso projecto irá incidir numa componente mais prática.

“Os presos”- neste sub tema vamos obter informação sobre a lei das prisões para posteriormente compararmos o que a lei nos diz com a realidade das prisões. Tentaremos também chegar à fala com alguns presos (através de visitas aos Estabelecimentos Prisionais de Coimbra e/ou Aveiro), com a finalidade de perceber e também reflectir com eles sobre o que os levou à prisão, do que sentem mais falta, ver quais as diferenças entre o “antes” e o “depois”, ter uma ideia de como é estar numa prisão (como é o ambiente, as relações com os outros reclusos e também com os guardas prisionais) e quais os serviços de que dispõem (tratamento e/ou acompanhamento psicológico e médico). Em concordância com esta visita, temos programada a elaboração de inquéritos que posteriormente faremos à população, onde estão incluídos os centros de emprego e possíveis locais de trabalho. Estes inquéritos, para além de nos ajudarem a perceber qual a ideia que as pessoas têm acerca dos presos, vão também contribuir para a percepção das reacções das pessoas perante um possível relacionamento com um “ex-reclusos”.


“ Crianças em Risco”-para aprofundarmos este sub tema pretendemos fazer visitas a algumas instituições e centros de acolhimento nas regiões de Aveiro e de Coimbra, tendo nestas visitas momentos de conversa com os docentes e pessoas que estejam inseridas no meio. Voluntariamente, tentaremos realizar iniciativas para a angariação de fundos que posteriormente serão usados em benefício das crianças necessitadas. Tentaremos perceber o modo de funcionamento deste tipo de instituições, bem como interagir directamente com as crianças (desde que nos seja possível). Deste modo iremos compreender melhor os traumas e as vivências destas crianças o que nos proporcionará uma melhor forma de ajuda às mesmas. Iremos fazer um inventário com as condições que estas instituições possuem bem como tomar conhecimento do seu plano anual de actividades, se este nos for fornecido, onde gostaríamos de colaborar de forma activa para o entretenimento destas crianças carenciadas, principalmente a nível afectivo.


“Mães Adolescentes"- este sub tema incidirá mais a nível teórico. Vamos obter informação sobre os tipos de ajuda que existem nestes casos (apoio psicológico, social e económico). Tentaremos entrar em contacto com pessoas que já tenham passado por este problema social na primeira pessoa para que deste modo possamos conhecer a realidade presente neste problema. Dentro deste grupo de pessoas que iremos abordar, teremos em conta a sua escolha em relação a cometer ou não o aborto e falaremos ainda, com estas, sobre a possibilidade de dar para adopção os filhos que tiveram enquanto adolescentes. Pretendemos ainda verificar se na nossa zona há algum tipo de alojamento para mães adolescentes.

Introdução ao Tema




“Marginal, são como os chamam, aqueles que vagam nas ruas, aqueles que não têm nada...e esse é o termo correcto, mas não da maneira que se pensa comummente. Marginal significa o excluído, o marginalizado, ou seja, aquele que foi colocado à margem... e o que a História deste nosso país nos mostra?”

(http://rotineiroambulante.blogspot.com/2007/08/histria-da-marginalizao.html)


A realidade da marginalização social é de tal maneira vasta que um ano inteiro não chegaria para explorar quase nada deste universo, ficaríamos muito aquém do que seria desejável. Por estes mesmos motivos preferimos ficar apenas com um pequeno, mas ainda assim vasto, grupo de marginalizados que se encontram localizados dentro do universo da marginalização social.
Inicialmente surgiu a ideia de fazermos um trabalho baseado nas crianças, mas depois de uma reflexão pensámos que um trabalho sobre marginalização seria mais abrangente. Dentro da marginalização considerámos os presidiários como sendo um grupo que deveria ser abordado, pois mesmo dentro da marginalização estes são marginalizados e é uma realidade muito actual. Ponderámos também a junção de mais dois sub temas: a cegueira/surdez e mães adolescentes.
Vimos que com o sub tema cegueira/surdez não tínhamos muito conteúdo, e assim introduzimos a parte inicial de trabalhar o tema crianças em risco.